Se Hollywood pudesse, contrataria a natureza para contracenar com o lançamento de produções milionárias focadas na rebentona apocalíptica.
Os efeitos especiais devastadores que aterrorizaram a população sul-catarinense nessa semana, contudo, não caberiam no orçamento de filmes como 2012, em exibição.
Quando a fúria dos ventos de mais de 100 km/h revirou o que havia na superfície na última quinta-feira, não houve quem não lembrasse da Meca do Cinema.
Até em tsunami falou-se, reflexo de uma mexida repentina impulsionada pelo sistema de baixa pressão no sul da Ilha.
O vendaval deixou prejuízos incalculáveis em vários municípios catarinenses e gaúchos. O pior, porém, não se limitou aos destroços. Num ano em que as inundações foram um pesadelo coletivo e permanente, a concorrência dos ciclones e tornados atropelou os limites da nossa compreensão diante das intempéries.
De certo, mas certo mesmo, sabemos agora que estamos diante de um ciclo de variações que jamais vivemos. Logo, indispomos de parâmetros para comparar e aferir, delimitar e concluir, ajustar e corrigir. Se simbolica e cronologicamente o furacão Catarina nos é recorrente, ficamos com a dúvida: para onde correr no próximo evento.
Foto: Renan Rovaris
Música: Souvernir of China – Jean Michel Jarre
Fonte: http://engeplus.com.br
